Ontem foi dia de Troféu Brasil em Santos, a quinta e penúltima etapa. Desde que fiz a inscrição para a etapa de ontem eu venho tentando me motivar para continuar competindo com prazer. Mas até domingo de manhã a minha vontade era praticamente zero. Eu não sei de onde veio essa apatia, se da monotonia do TB, se do bode do Iron que eu fiz em maio, se da falta de desafios, não sei. Só sei que, sinceramente, ontem só competi porque já tinha pago a inscrição, a minha vontade mesmo era ficar só assistindo meus amigos e amigas competindo.
O que me move no triathlon, o que me faz acordar cedo e treinar, procurar orientação de nutricionista, dormir cedo, etc, etc nunca foi (e nunca será) um lugar no pódium. É legal chegar em primeiro, ganhar um troféu, um prêmio,uma foto no pódium ? É legal. Se eu disser que não gosto dessas coisas estarei mentindo. Mas não é a razão primeira. Pra mim é uma consequência. E a competitividade ? As adversárias ? Eu gosto. Gosto muito, inclusive. É muito divertido competir, disputar uma posição na prova. É muito bom superar um adversário que te faz dar 100%. Mas veja, pra mim não importa a posição, se é a primeira, se é a décima, a centésima. É muito legal competir. Mas também não é isso que me move. Eu tenho alguns troféus na minha estante, já participei de muitas provas. Não é banalizar ou menosprezar esses troféus. Mas eu olho para eles e sei que não foi por eles que eu me esforcei.
O meu grande barato no triathlon sempre foi a conquista da técnica. Na natação, na bike, na corrida, nas transições. A sensação de completar bem, me sentindo bem, having fun, uma prova de triathlon é o que me move. Se essa prova for difícil, se exigir algo mais, melhor ainda.
Ontem tive muita dificuldade em entrar no mar. Tinha ondulação até a primeira bóia. Que sofrimento. Engoli água pra caramba. E tive que fazer isso duas vezes. Depois tentei compensar o tempo perdido no ciclismo. Mais dificuldade. Senti ainda o peso nas pernas dos 25k que fiz na maratona de revezamento Bertioga-Maresias de sábado passado. Eu subi a serra de Maresias fazendo muita força. Tudo bem, pensei comigo, compenso o resto na corrida que sempre foi uma arma que eu tenho nas provas de triathlon. Completei os primeiros 5k guardando energia pra acelerar nos últimos 5k.Grande ilusão. Não tinha energia mais pra queimar. Minhas pernas estavam começando a dar aquela cãimbra básica na coxa. Meu diafragma começou a reclamar. Diminui o ritmo pra ver se essas coisas melhoravam. Bom, a coxa relaxou e nada de cãimbra, ufa! Mas o diafragma...só piorou. Sofri a cada passada...Cruzei a linha de chegada em primeiro lugar na faixa etária e em segundo no geral feminino amador. Mas com um gosto de derrota na boca. Eu não completei a prova me sentindo bem, nem forte, nem having fun.
Apesar de ter feito essa prova desmotivada e cansada, ainda bem que fiz. Hoje acordei com uma baita vontade de treinar e melhorar minha técnica na natação. Preciso aprender a entrar no mar sem brigar com o mar. Senti que posso melhorar muito no ciclismo, posso melhorar minhas retomadas, minhas curvas. Posso melhorar minhas transições bike-run, que puta vontade que eu acordei hoje de treinar transição pra essa dor de diafragma nunca mais me pegar!
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