Aqui conto sobre minha vida de atleta amadora, apaixonada por esportes em geral, mas triatleta de corpo e alma. Também exponho meus pensamentos, idéias, opiniões, protestos, piadas, enfim, tudo o que vier na telha. Have fun!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"Já que está no inferno, abraça o capeta"
Dita pelo Thiago Pipinis, amigo da academia, em resposta a uma publicação minha no Facebook com a previsão do tempo para o final de semana em Pirassununga, a frase que abre esse post me fez lembrar que às vezes a gente fica num medo danado de vivenciar novas situações ou situações difíceis. E se, ao invés de ir até o inferno e só voltar fedido e chamuscado a gente não aproveitasse e desse aquele abraço no capeta?
Detesto competição cinzenta, com chuva, vento, frio, escura. Sou muito mais um solzão queimando no lombo, protetor solar 50, visão limitada a óculos escuros com boné enterrado na cabeça. Nesse mundo estreito, definido pela aba do meu boné, vou conquistando, pouco a pouco, um tanto de chão. Deve ser o mesmo efeito daquela tapa que se coloca nos olhos do burro, sem a visão lateral, me concentro muito melhor no que está acontecendo no meu organismo, controlando o cansaço, a sede, a fome e sigo olhando em frente.
Existem competições em que o que atrai é a dificuldade das condições climáticas ou naturais para fazê-la. O que seria de Badwater com umidade boa e na sombra? E o triahlon olímpico Fuga de Alcatraz sem as correntezas da baía de S. Francisco? Imagina todo mundo atravessando a baía em linha reta e sem medo de ir parar em alto mar? Sem graça. Provinha básica. E o 1/2 Iron de Pirassununga com temperatura amena? Mais uma provinha no calendário.
Além do sol maravilhoso, céu azul e galera animada, competição em dia quente é legal porque todos têm de enfiar a viola no saco, muda tudo, nivela por baixo.Quebrar com cãimbras ou desidratação fica o tempo todo muito próximo, o limite é bem tênue. Humildade é tudo num dia assim.
Esse final-de-semana tem triathlon em Pirassununga, interior de São Paulo. Terra quente e abafada, previsão de 33C no sábado (dia do short distance) e 34C no domingo (dia do long). Dá medo sim! Todo cuidado é pouco, a hidratação e o controle do ritmo, guardando energia para a corrida, serão a chave da prova. Um atleta que chega para correr os 21k num ritmo de 6min/km vai ficar com aproximadamente 20 minutos de déficit em relação a um que percorrer os 21k a 5min/km. Então, seja esperto(a).
Eu já fiz 3 long distance em Pirassununga, esse será meu quarto. Já peguei nublado e temperatura mais amena, já peguei sol que fervia os miolos. Ah e o sol é punk, o sol detona, o sol seca, mas o sol também dá energia, queima o mau olhado, desintegra a zica acumulada. Que bom que essa prova é bem no final do ano e minhas baterias já estão prontinhas para serem recarregadas para 2011. Venha capeta, que eu quero te abraçar no inferno de Pirassununga!
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Sem contar que as fotos ficam mais bonitas!
ResponderExcluirTô contigo! Também não gosto de prova cinza!
VAMO PRA PIRA!!! UHUUUUUUUUUUUUUU
vamo pra cima!
ResponderExcluir...mas que vai doer vai!