terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Soco no estômago

Sempre que fico sabendo de um acidente de bicicleta na estrada já penso que poderia ser eu. Quando o acidente envolve uma mulher, triatleta e próxima (que encontro nos treinos e provas) eu fico me perguntando se vale a pena tudo isso. Sempre que o assunto for bicicleta o risco vai existir. Até no rolo. Eu lembro uma vez que o Maluf (maluco total, lenda do triathlon e do ciclismo de São Paulo) estava treinando no rolo sozinho quando se desequilibrou, caiu, bateu a cabeça e ficou desmaiado até o dia seguinte.

Semana passada a triatleta Ana Lidia Borba sofreu um acidente na rod. D Pedro, passou por uma tartaruga, se desequilibrou e caiu na pista. Foi atropelada por um automóvel. Foi grave mas já está se recuperando. Não pude não lembrar da Fernanda Clemente que, num episódio parecido, perdeu a vida na rod Castelo Branco nas vésperas de ir para o Ironman do Havaí.

O assunto é sério. Todo o cuidado é pouco. Os acidentes de bicicleta acontecem mais quando estamos distraídos, desfocados, no finalzinho do treino, a poucos quilômetros de casa...o capacete é item essencial, nem tem o que discutir. Sempre. Um rolezinho no quarteirão ? Capacete.
As estradas onde o tráfego é intenso e a velocidade é alta nem pensar. Se você se sente inseguro, não vá.

Eu acho que nós devemos tomar todas as precauções possíveis. Sempre concentrados. Mas eu não vou deixar de pedalar na estrada nas manhãs de domingo. Não sei se eu tivesse uma família e filhos se eu iria ficar na USP de domingo a domingo. Acho que sim. Cada um pese os prós e os contras.

Uma coisa é certa : quando essas coisas acontecem, é necessário repensar até onde vale a pena, até onde treinar para um triatlon faz sentido.

2 comentários:

  1. É, amiga, cada um tem de colocar seus pesinhos no prato da balança e ver até onde dá pra esticar a corda.
    Esses socos no estômago são um banho de realidade pra gente que vai achando que é à prova de tudo.
    Essa história me perturbou muito mesmo. Gostaria que tivessemos um leque de opções seguras e agradáveis para poder treinar. Mas não é o que temos.

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  2. Thelma, obrigada pelo carinho e pelo texto alertando as pessoas. Como vc disse, capacete e atenção, sempre! Bjos e ate breve

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