segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bastidores do triathlon



Parte 2: O Menu

Se o treino ou a competição vão durar até 2 horas, nada que 2 sachês de gel (1 a cada 45 min) e 1 garrafinha de água não resolvam. O triathlon na distância short e olímpica dificilmente ultrapassa esse tempo. A não ser que seja uma prova com requintes de crueldade, tipo os XTerra ou os XTreme da vida, aí sim lá se vão mais de 2 horas fácil. Portanto, eu diria que quem compete até a distância olímpica ainda mantém o glamour ao comer, é relativamente clean e seguro (no sentido de não causar distúrbios alimentares) consumir apenas o gel com água.

Agora quando vamos analisar o que o triatleta de longa distância consome nos seus seguidos treinos de mais de 3 horas de duração, principalmente na bicicleta, aí a imaginação corre solta. Principalmente porque comer as mesmas coisas toda semana enjôa, daí que estamos sempre "trocando figurinhas" uns com os outros e o menu começa a ficar bem "tabajara". Eu acho que já falei em algum post anterior que triatleta não pode ser fresco. Pelo menos os de longa distância não.

Imagina como fazemos para transportar toda a comida? Clean não é. Delicado não é. Bonito aos olhos e apetitoso não é. Geralmente usamos um "Bento Box" (veja definição no dicionário da minha amiga Claudia) na bike e uma pochete na corrida (além dos bolsos das camisetas e shorts). E detalhe: não costumo lavar o Bento Box sempre não...duvido que alguém faça isso regularmente!

Montei uma lista de "comidinhas" que já experimentei nos treinos e nas competições, coloquei tudo no formato de menu à la italiana, pelo menos nisso, no formato, manteremos o glamour. Devo informar que as combinações dos itens nem sempre funcionam, às vezes é necessário ter em mente duas das "10 dicas que Lance me ensinou": 8-Diarréia: volte para casa assim que posível e 9-Flatulência:fique no final do pelotão. Mas isso a gente só descobre experimentando. Ou não.

Buon appetito!


Antipasti
- Palitinhos assados salgados (Stiksy)

Primo
- Batata cozida só no sal
- Massa de lasagna cozida com sal e enroladinha
- Purê de batata no saquinho de gelinho

Secondo
- Bisnaguinha com requeijão light e peito de peru

Contorno
- Barrinha de proteína
- Gel

Formaggio e frutta
- Banana prata
- Laranja
- Gomos de mexerica

Dolce
- Bananinha com açúcar
- Bananinha com cobertura de chocolate
- Bisnaguinha com geléia
- Mocotó (bicolor rosa e branco)
- Confeitos de gelatina (variados sabores e formas)

Caffè
- Gel GU sabor cappucino com o dobro de cafeína

Digestivo
- Coca-cola

Bebidas
- Água
- Endurox R4
- Accelerade
- Gatorade
- Água com maltodextrina

sábado, 13 de agosto de 2011

10 dicas importantes que o Lance Armstrong me ensinou



Há tempos que quero sair do silêncio aqui no Tripateta, até já escrevi a continuação para a série “Bastidores do Triathlon” mas não encontrava tempo nem disposição para revisar o texto e postar. Agora com o 70.3 de Penha se aproximando, e portanto descansando mais nos finais-de-semana, peguei para ler o livro “Lance Armstrong- Programa de Treinamento” que ganhei há uns 2 anos e ficou na estante. Senti uma necessidade incontrolável de compartilhar ensinamentos grandiosos que encontrei neste pequeno compêndio, verdadeiras pérolas de sabedoria, escrito por um tal de Joffre Nye, “ghost writer” de Chris Carmichael e Lance Armstrong. Tenho cá comigo a certeza de que Adriana Oliveira, a tradutora, também deve ter contribuído para que as pedrinhas de conhecimento se tornassem pérolas cintilantes.

Então vamos lá, no meu formato preferido de lista inversa de importância, separei com carinho 10 dicas que achei imprescindíveis para qualquer ciclista que se preze, lá vão!

10- “Os rolos de treinamento são os melhores amigos dos ciclistas dedicados. Lance os utiliza para vários propósitos”
Tripateta: Uau! Eu tenho um amiguinho para os dias de chuva! Estou dentro!

9- “Por mais confortáveis que possam ser para Lance ou Chris, os shorts de lycra de ciclismo não agradam a todos, pois deixam “tudo à mostra””.
Tripateta: Opaaaaa! Deixam tuuuuudo a mostra?

8- “Aquecedores de braço podem ser guardados nos bolsos da camiseta quando não estiverem sendo usados”
Tripateta: O “aquecedor” é um conjunto de fios que vai pelo braço né? Tipo aquelas mantas elétricas? Dica boa essa.

7- “Uma técnica para enfrentar curvas é conhecida como fora/dentro/fora. Desloque-se para fora em direção à beira da sua pista. Passe pela curva em uma tangente dentro dela. Depois da curva, deixe o impulso levá-lo para fora, para a beira da pista. Então imediatamente volte para o lado direito da estrada, para sair do fluxo do tráfego”
Tripateta: Oi?

6- “Lance aprendeu a técnica de pressionar o lado interno do joelho contra o tubo superior de seu colega de equipe inglês Sean Yates”
Tripateta: Ou o Lance tem as pernas longas pra caramba ou isso já tá ficando meio que proibido para menores.

5- “As colinas não são todas iguais”
Tripateta: Essa vou escrever num post-it e colar no meu guidão quando estiver treinando numa subida de 2% de inclinação para fazer uma de 10% na competição.

4- “Todos os campeões compartilham o dom de manter rigidamente um foco; eles podem ligá-lo ou desligá-lo.”
Tripateta: Só uma dúvida: se desligar o foco, como, ou melhor, onde fica?

3 - “Seja mais esperto que seu cérebro”
Tripateta: No comprendo.

2- “Como lidar com disfunções alimentares. Diarréia: volte para casa assim que possível”
Tripateta: Sem comentários.

E finalmente a dica mais importante do livro...

1- Como lidar com disfunções alimentares. Flatulência: reduza a quantidade de alimentos ricos em fibras e fique no fim do pelotão para o conforto de seus companheiros.”
Tripateta: E acenda um incenso! Pelamor!