sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma "doce" surpresa

Existem pessoas que gostam de correr e, vez ou outra, enfrentam uma maratona. Existem pessoas que encaram, no máximo, estourando, duas maratonas no mesmo ano, essas já são consideradas excêntricas, o treinador já olha torto, o psicólogo já começa a desconfiar : "tá correndo do quê ?" e por aí vai. Agora, imagine um pessoal que acumula, por mês, na casa de 300km de corrida e 4mil km por ano ? Daí vai pro final de semana e no treino de sábado roda 42km pela cidade. Ou então : na sua planilha de treinos tem a maratona de SP no domingo e 25k na segunda ?

Ahhhh, claro! É um ultramaratonista, tipo Dean Karnazes, são poucos, mas nada de outro mundo, sempre tem um pessoal fazendo provas tipo revezamento na categoria solo ou a prova BR 135 (135 milhas ou 217km) lá na Serra da Mantiqueira, 100k de Cubatão, Ultramaratona Rio 24h, provas do exterior tipo Comrades (100k Africa do Sul), Two Oceans (50km), Badwater (217km), Mont Blanc (166km). Todas elas com suas peculiaridades de dificuldade (frio extremo, calor extremo, altitude, trilhas, humidade relativa do ar baixa, etc).

Agora imagine uma pessoa com esse perfil ultra e diabética ? Superação total. Guerreira total. Pois existe um grupo de diabéticos e ultramaratonistas aqui no Brasil que é ativo na divulgação da prática esportiva entre os diabéticos, no desenvolvimento de novas tecnologias para os diabéticos e na participação de estudos fisiológicos de centros de pesquisas universitários e de indústrias famacêuticas. Para citar alguns : Alexei Caio, Emerson Bisan, Kener Assis, Marcelo Bellon Ferreira.

Minha amiga Claudia, correndo na USP outro dia, conheceu o Alexei, através dele fomos apresentadas a esse mundo novo e agora repasso para os leitores desse despretensioso blog, faço o convite para que conheçam um pouco mais sobre a DM (diabete mellitus), sobre as ultramaratonas, os ultramaratonistas e, principalmente, sobre os ultramaratonistas com DM.

Mas por que o título desse post : Uma "doce" surpresa ? É como os portadores de DM se tratam, eles se chamam de "doces amigos". E são doces mesmo, tanto em sua seiva como em sua alma. Que surpresa boa!

Abaixo alguns links muito interessantes sobre esse assunto :

http://www.diabetesedesportes.com.br/

http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_duvida_mes.aspx?id=732

http://www.aacaio.com.br/

http://www.bellon.com.br/diariodebordo/

http://www.desafiolitoralmontanha.com.br/

E muito mais, é só "googlar" que o material é farto.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Questão de segundos

Ontem foi dia da maratona de Londres, o etíope que ganhou, Tsegaye Kebede, fechou em 2h05m19s. (Marílson ficou em sexto com 2h08m46s e não bateu seu record pessoal, mas só de estar entre os etíopes e quenianos de ponta já é uma vitória, top 10 em maratona desse nível é muita coisa).

Fui dar uma olhada no recorde mundial do Haile Gebreselassie (Gabe para os íntimos), e é de 2h03m59s. Ele quebrou por 1 seg a barreira das 2h04. Incrível como os segundos (apenas 1, no caso) têm um peso tão grande numa prova tão longa!

Só por curiosidade, fui calcular o pace (min por km) desses feras. Eu levei em consideração que a maratona seria de apenas 42km (descontando os 195m para facilitar as contas). Então o pace do ganhador da maratona de Londres foi de 2min59seg/km e do record mundial do Haile de 2min57seg/km. A diferença entre eles foi de apenas 2 seg por km percorrido! Parece pouco né ? Mas vai tentar bater esse record do Haile! Ele é o detentor do record mundial desde 2007 (ele bateu seu próprio record em 2008).

Então eu faço a pergunta : será que a capacidade física de uma pessoa que consegue correr por 42 km a 2min57s/km é muito diferente de um que corre a 2min59s/km ? Se a resposta for que realmente não há diferença (e eu tendo a acreditar nisso) por que faz 3 anos que o recorde está aí e ninguém (a não ser ele mesmo) bate ?

Sabemos que numa maratona há muita estratégia de corrida, split negativo, coelhos, fugas, pelotões, intimidações, etc. O maratonista não corre no mesmo ritmo do começo ao fim, isso é fato. Acelerar ou manter o ritmo, tudo no momento exato, essa é a chave. E só faz isso quem se conhece bem, quem conhece profundamente as reações do seu corpo e o que ele é capaz de fazer. Para isso há de haver muito treino, se colocar a prova muitas vezes, se estudar, avaliar os resultados e principalmente : muita humildade. Durante uma competição, apesar de ter uma estratégia combinada com seu técnico, o atleta tem de saber adaptar tudo de acordo com os imprevistos (que sempre aparecem), mudar o planejamento conforme o andar da carruagem sem se abalar. Isso é para poucos, não é qualquer um que sabe fazer isso, por isso tiro meu chapéu e faço reverência ao Haile, ele é um gênio. Eu acho que é aí que moram os 2 seg/km que o separam dos outros maratonistas.

Aliás, a historia de vida do Haile é bem interessante, tem uma reportagem legal que pode ser vista aqui.

Maratona de Berlim, 26/09, não percam essa data.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O dia em que levei minha Bianchi no salão de beleza

Tenho uma MTB Bianchi Oetzi vermelha e preta bonitona.


Só fiz uma prova com ela, um Big Biker em Taubaté. É muito raro eu andar de bike nas ruas de São Paulo, mas quando me dá na telha, vou com ela, só ela pra aguentar os buracos e ondulações do asfalto. Fora que, com os pneus mais largos, é mais segura.

Como estou de férias, resolvi ir na natação da hora do almoço com minha Bianchi, o percurso dá uns 15 min, mas é cheio de ladeiras...um bom exercício. Fiz a natação, delícia, depois fui almoçar com algumas amigas num restaurante japonês muuuuito bom. Fui de carona, deixei a bike na academia. Comemos como se não houvesse amanhã, saí do restaurante com sushi saindo pelas orelhas, aquele soninho começando a bater e me lembrei! Putz, marquei unha da mão no salão de beleza as 15:00 e já são 14:50, e agora ? Peguei a bike, um baita sol, saí a milhão nas pirambeiras do bairro, cheguei no salão em cima da hora. Suada, de sapatilha e roupa de ciclismo. Paciência...vai assim mesmo. Pelo menos descobri que sou até bastante resistente em encher a barriga de comida e fazer um esforço físico intenso sem regurgitar nada...

O estacionamento do salão era aberto e de frente para a rua, imagina que eu ia deixar minha Bianchi, tadinha, ao léo, dando mole ali na rua. Pedi para a moça do salão se eu não podia deixar a bike nos fundos. Ela deixou! Foi muito peculiar a cena, eu entrando com a bike no ombro, de sapatilha e capacete no meio do salão de beleza, parecia uma alienígena. Enquanto caminhava, percebia os olhares da mulherada por cima da Contigo e da Caras me "escaneando"... Sentei no sofá e logo a manicure foi perguntando : que cor ? Eu queria um branquinho discreto. Ela não se conformou : "Ah não, não quer colocar um rosa, tipo o rosa chiclete ?" . Quase tombei do sofá de rir. Rosa chiclete? Mas pedi para ela me mostrar. É um "pink cheguei" bem marca-texto. Respondi : "Passa esse mesmo".

Uau. Ficou legal. Mas não parou por aí não...as manicures se empolgaram. Queriam me convencer a passar o mesmo esmalte nos pés :"mas eu estou de bicicleta, preciso colocar meia e sapatilha para voltar para casa! Vai borrar tudo!". 10 segundos depois lá estou eu, com os pés no colo da manicure fazendo o pé...aiaiai que dondoca! Mas é gostoso ter alguém fazendo massagem no seu pé, hummm é bom demais. Terminou. E agora ? Aha! Mas essa mulherada é esperta, elas passaram um spray secativo gelaaaado nos meus pés, depois colocaram um filme plástico nos dedos, colocaram minhas meias e a sapatilha (se liguem que eu estava com as unhas das mãos frescas e elas fizeram tudo isso pra mim, parecia uma Cleópatra). Nessa altura a mulherada já tinha deixado as revistas de lado e só ficaram olhando a cena, perguntando se eu não tinha medo de pedalar na rua, se eu fazia exercício, que horas que eu fazia, se eu trabalhava, reclamavam que elas bem que queriam pedalar no parque mas não tinham tempo (desculpinha esfarrapada...)

Agradeci muitíssimo a todas pelas horas de deleite e diversão, peguei minha bike no fundo do salão, pus no ombro e fui-me embora, pedalando agora, ladeira abaixo, rindo sozinha e com uma certeza : meu dia e o dia delas tinha saído da rotina, nós misturamos mundos aparentemente incompatíveis, mas como diria um amigo hoje ainda : "tá vendo ? quando a gente quer a gente dá um jeito", e deu certo, cheguei em casa com as unhas intactas!

sábado, 17 de abril de 2010

Treinar ou não treinar resfriado ?

Sempre depois de um esforço físico prolongado, a maioria dos terráqueos (sempre excluo o Dean Karnazes das generalizações por razões óbvias) fica com o sistema imune debilitado. Então é bom descansar, comer bem e se hidratar nos primeiros dias. Sem paranóias, mas também é bom evitar aglomerações, colocar a mão suja no nariz ou nos olhos, evitar irritar a mucosa da garganta com temperaturas extremas, etc. Bem, mesmo a gente sabendo dessas coisas, às vezes acaba caindo na armadilha e lá vem o resfriado no melhor dos casos, ou a gripe, no pior.
Eu fiz a meia-maratona no domingo, terça pedalei mais do que devia, não levei água suficiente pro treino, cheguei em casa sedenta, encontrei 1 litro de água de côco geladinha me esperando (bebi tudo de uma vez) e voilá! Fiquei com a garganta ruim e logo em seguida veio o resfriado. Tudo errado...

Mas também parei por aí. Sábado meus amigos foram pedalar na estrada, um dia super lindo e eu resolvi ficar mais algumas horas dormindo. Acordei tarde numa nhaca terrível, olhei para o céu azul, a vida lá fora e eu aqui dentro desse quarto, credo!!! Coloquei minha roupa de treino de corrida e fui para USP fazer um trote leve. Comecei a correr e me sentir sem fôlego, fazendo barulho para respirar e eu não costumo fazer isso, sou famosa por "sofrer calada" nas corridas, as pessoas acham que estou super-bem quando estou morreeeendo. Então resolvi pegar leve e parei. Mas foi bom pra tirar a nhaca, eu me senti mais disposta depois. Hoje já acordei bem melhor e amanhã acho que já estou nova.

Fui procurar na internet : afinal, quando estamos resfriados, devemos ou não treinar ?

A primeira coisa que devemos fazer é diferenciar um resfriado de uma gripe. Na gripe ficamos destruídos, dores pelo corpo e febre. Nesse caso NADA de treino, cama e sopinha! Até a febre ir embora e a gente se sentir disposto. No resfriado ficamos com aquela coriza clarinha e chata, espirro, tosse leve. Aí podemos treinar se estivermos nos sentindo bem, mas TUDO LEVE, então podemos fazer uma corridinha curta, soltar um pouco na piscina (soltar o corpo e não a meleca...credo hehehe). O que eu li é que se nós forçarmos a barra, se treinarmos muito ou forte, o resfriado vai demorar muito mais para ir embora. Por que? Muito simples : porque o nosso corpo já está no limite tentando resolver o resfriado, tudo está voltado para combater o maledeto (fora que se somos atletas, temos um treininho em recuperação na bagagem já) e ainda vamos dar mais um stress pro corpo compensar! Como a CPU de um computador, o nosso corpo vai dividir o processamento de várias tarefas e portanto todas as tarefas em paralelo ficarão mais lentas. Resumindo, se você já estava podre com o resfriado, ficará muito mais depois do treino e por muito mais tempo.

Eu ainda tenho outra pergunta : e treinar menstruada ? Faz bem ou mal ? Agora me veio outra pior, o armagedom : e treinar menstruada e resfriada ? Ninguém merece...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Preparando a cabeça para maratona

Domingo foi dia de meia-maratona da Corpore, levei meus tênis para doação (pasmem, foram 6 pares) e eu fui para a prova sem planejamento nenhum, não pensei em ritmo nem em tempo final, GPS ficou em casa. Mas a organização colocou marcação a cada km e ainda por cima, em alguns pontos, além da quilometragem, um placar eletrônico com o tempo total e o ritmo de quem estivesse passando por ali. Não adiantou nada eu tentar me livrar da minha própria cobrança...a Corpore me sabotou. Claro que eu acabei olhando para a parafernalha high-tech e fui acompanhando meu ritmo.

Saí na elite C, novamente um luxo, mas desta vez tinha mais gente alinhada na largada, ficou apertado mas ainda valeu. É sempre melhor ser ultrapassada a ultrapassar numa corrida de rua. O zig-zag para ultrapassar é muito desgastante.

Foi a primeira vez que fiz essa prova e saí muito forte, fui a 4:26~4:30 até o km 15, são muitas subidas, curtas, mas numa prova longa, qualquer subidinha precisa ser muito bem planejada (se a gente vai subir rasgando ou se vai subir na boa, sem gastar muita energia). Eu subi rasgando em todas e paguei o preço mais tarde. Quebrei bonito. Quase me arrastei nos últimos kms. Fechei em 1h37. É um tempo bom para 21k, mas o que eu não gosto é de terminar me arrastando, não gostei. Acho que faltou eu me inteirar mais sobre o percurso, respeitar mais a prova. Mas ok, lição aprendida : prova de 21k não é prova de 10k. É óbvio ? Agora parece, mas eu entrei na prova com cabeça de 10k, mesmo que a gente erre no ritmo, logo a prova acaba e tudo bem, mas a partir do 21k a coisa começa a mudar de figura, é necessário um pouco mais de cérebro.

Domingo foi dia também da Paris-Roubaix (Fabian Cancellara venceu novamente, o homem veio com tudo esse ano, ninguém segura) e do Triathlon Long Distance de Caiobá, prova plana e rápida que um dia ainda farei. Ontem encontrei a Ariane (que ficou em segundo no geral feminino) na USP, girando leve no pedal. Guerreira, ela trabalha como aeromoça, sinceramente, não sei de onde ela tira toda a disposição para os treinos desse nível de competição. Torço para que o primeiro lugar chegue logo, ela bem que merece.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Imelda Marcos do tênis

Imelda Marcos foi a esposa do ditador Filipino Ferdinand Marcos. Ela e seu digníssimo já eram famosos por roubarem descaradamente seu povo (nós brasileiros nunca ouvimos falar disso) mas ela alcançou notoriedade peculiar quando, após invasão de sua residência por revolucionários filipinos, encontraram 1200 pares de sapato em seu armário. Todos caríssimos e de grife.

Bem, eu sou só uma trabalhadora honesta que paga seus impostos em dia e faz direitinho a declaração do IR, mas tenho muitos pares de tênis. Não, não chega a 1200 pares nem de longe, não sei como aconteceu, mas um dia resolvi contar e descobri que tinha um monte.

Não é algo do qual eu me orgulhe e toda a vez que cruzo com alguns pares espalhados pela casa, sinto uma bigorna de 1 tonelada pesando na minha consciência. Eu não uso todos.

Domingo agora (11/04) é dia da Meia Maratona Internacional da Corpore. A temperatura está boa para correr, friozinho bom, só espero que as chuvas dêm uma trégua pra gente poder curtir o domingão na boa. Hoje vou pegar o kit da prova e já estou esperta : será que largo novamente na elite C ? Vamos ver.
Olhando ontem no site da Corpore, buscando por informações sobre a prova, programação, entrega do kit, etc, me deparei com o projeto : Seu Tênis Não Pode Parar. Eles arrecadam tênis usados nas corridas da Corpore (ou em qualquer dia da semana em sua sede) e entregam a atletas carentes.

Gostei dessa iniciativa da Corpore, como sei que eles são muito sérios e que os tênis serão realmente entregues a quem necessita, me animei e saí pegando os pares de tênis que tenho e que não estou usando (claro que em bom estado). Lembro que meu amigo blogueiro André Cruz, o Xampa, também já teve uma iniciativa dessas e achei o máximo. Então, inspirada por ele e pela Corpore, vou atrás do tempo perdido e vou colocar essa energia para circular em outros pés. Convido a quem tiver um par de tênis sem uso, esquecido no fundo do armário, que faça o mesmo, ponha numa sacolinha e leve lá no dia da corrida.
Esse (clique aqui) é o link do site da Corpore com mais informações sobre as doações.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Skarp e Sta em Caiobá

Dia 11/04 é dia de Triathlon Long Distance em Caiobá, litoral do Paraná. A Skarp, marca de artigos esportivos que me apóia, vai estar lá nos kits dos atletas e na feira de esportes. A Skarp trabalha com tecidos de alta tecnologia da Sta Constância, os produtos são bem diferenciados e bonitos, vale a pena dar uma olhada de perto e experimentar.

domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa esportiva

Final-de-semana de Páscoa (e também do Pessach) e dos esportes : GP de Fórmula 1, Travessia dos Fortes, jogos de futebol dos campeonatos regionais, GP de natação de Ohio, Tour de Flandres.
GP de Fórmula 1 : nem sei por que consideram F1 um esporte, já que é o carro que faz 99% do trabalho, mas, enfim, pelo menos tem brasileiro por lá e se tem brasileiro tem minha torcida. O Massa assumiu a liderança do campeonato, mas são só 2 pontos na frente do Vettel e do Alonso, então não é quase nada, mas tá na frente tá valendo. E bom pra ele, dá confiança depois de tudo que ele passou naquele macabro GP da Hungria de 2009.

Travessia dos Fortes : infelizmente perdi a transmissão na TV, mas fiquei sabendo por uns amigos que fizeram a prova que o nível técnico melhorou muito. Poliana Okimoto conseguiu um patrocínio importante do Corinthians e ainda foi lá no Rio e já mostrou resultado ganhando a prova pela terceira vez. Sou super fã dela, é inacreditável que uma atleta desse nível tenha de camelar tanto para sobreviver no e do esporte. Em Santos ela não tinha nem piscina pra nadar direito, agora ela tem tudo, piscina, toda a infra do futebol à disposição, no clube do coração dela, perto da casa dos pais, etc. Só o salário que não é lá essas coisas, mas em se tratando de Brasil até que está de bom tamanho. Tomara que dê tudo certo pra ela e que ela consiga mais patrocinadores. O que deve realmente acontecer.

Jogos de futebol dos campeonatos regionais : eu me recuso a falar sobre futebol nesse blog, já chega toda a imprensa brasileira. Eu ainda me revolto quando pego o caderno de esportes do Estado de SP ou da Folha de SP e só vejo notícias de futebol, deveria se chamar caderno de futebol. E tenho dito.

GP de natação de Ohio : Cielo ganhou os 50m e os 100m livres (49 seg). Lembram do francês maior concorrente do Cielo nos 50m ? O bonitão Frederick Bousquet ? Pois ele acaba de se tornar papai, sua namorada (a francesa Laure Manaudou, ouro nos 400m livres em Atenas 2004) deu à luz uma menina na sexta-feira. Os deuses também se multiplicam.

Tour de Flandres : Fabian Cancellara venceu em 6h25min (média de 38km/h) uma das provas clássicas de ciclismo de um dia mais difíceis, esse ano a prova teve 262km saindo de Bruges. Pelas fotos que eu vi, estava tudo seco e os ciclistas estavam sem agasalho, o que significa que a prova foi atípica e mamãozinho com açúcar, porque esse percurso é quase todo pavimentado com pedras, principalmente as subidas, que são em 15 no total. Nessa prova, os ciclistas costumam descer da bike em algumas subidas porque o solo está tão liso e enlameado que não há atrito. Pra quem não sabe, a Bélgica é a terra do ciclismo (será que lá os blogueiros boicotam notícias de ciclismo ?), então o povo sai na rua e acompanha sob qualquer condição climática. É muito legal. Tom Boonen, que é belga e foi o vencedor do ano passado, bem que tentou acompanhar a arrancada do Cancellara nos últimos 15km, mas não teve jeito, o suíço é um trator, atual campeão olímpico e mundial de contra-relógio, já venceu várias clássicas e já andou de maillot jaune no Tour de France. Só um parentesis : pra mim ainda é inconcebível que o Contador tenha ganhado do Cancellara no CR do Tour de France do ano passado. Podem falar o que quiser e dar mil explicações, mas eu ainda acho que foi, no mínimo, surreal. E botei meu nariz de palhaça. Mas, enfim, sou fã do Cancellara, faz tempo que o acompanho, no próximo Tour, reparem como ele trabalha pela sua equipe, dá gosto de ver (fora que, meninas, ele é bonitão...afe).


Dia 11/04 tem a 108.a edição da Paris-Roubaix, a rainha das clássicas, o "Inferno do Norte". Cancellara ganhou em 2006 e Boonen em 2005, 2008 e 2009. Fiquem ligados que a briga vai ser boa.