quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Receita da "bomba" caseira

Ou alternativa para o Endurox R4, que custa caaaaaaaaro.

Quando eu voltar a treinar forte vou provar essa receita. Teoricamente funciona, mas na prática precisa ver se não tem "efeitos colaterais"...

bata +/- 500ml de suco de fruta com 1 banana
3 a 5 colheres de sopa de glucose (ou maltodextrina ou dextrose)
2 a 3 colheres de sopa de proteína em pó (preferencialmente albumina ou whey)
2 a 3 pitadas de sal

Lembrete 1 : só tome essa "bomba" caseira se o exercício for intenso e durar mais de 2 horas

Lembrete 2 : tomar dentro de 30 min após o exercício

Lembrete 3 : a quantidade de colheres de sopa de glucose e de proteína dependem do seu peso. Lembre-se de que o corpo sempre estoca em forma de gordura o que ele não usa para gerar energia...

Nutrição : a quarta disciplina - Final


Existem muitas dietas malucas por aí, mas existe uma coisa muito eficiente chamada bom senso e uma outra coisa bem realista que não adianta fugir nem se esconder : a matemática. O bom senso nos diz : todo mundo sabe que precisamos comer muitas frutas e vegetais, proteínas magras nas principais refeições, evitar gorduras saturadas e hidrogenadas, comer moderadamente gorduras boas, etc. E a matemática se traduz em : para emagrecer precisamos ingerir menos calorias do que gastamos e para engordar precisamos ingerir mais calorias do que gastamos.

Outro detalhe importante que sempre precisamos lembrar : para o triatleta, o peso na balança não significa quase nada (a não ser que se queira correr mais rápido, aí o peso do corpo influencia muito). Liberte-se da balança! Pesar-se todos os dias só vai te dar uma informação concreta : sua variação de hidratação. Para nós, reles mortais amadores, a única medida que importa é a composição corporal. Eu costumo controlar minha composição corporal pelas roupas que uso diariamente, a calça que sempre foi justa na cintura ou nas pernas ficou folgada ? Sinal de que emagreci. Acho que essa “balança” é mais confiável.

Temos que aprender a comer direito e para a vida toda. Então as mudanças alimentares devem ser graduais. Vamos mudando nossos hábitos aos poucos para que eles entrem na nossa rotina, sem stress.

Mas nunca mais eu vou poder comer aquele bolo de cenoura com cobertura de chocolate maravilhoso ? Ou comer uma pizza mezza muzzarela mezza calabreza com cerveja, com os amigos ? Claro que vai, aliás deve. Lembro que o Nuno Cobra (treinador guru do Ayrton Senna) uma vez falou que nós seguimos regras para podermos quebrá-las de vez em quando. Então dar aquela enfiada de pé na jaca de vez em quando é necessária para seguir feliz e na linha.

Eu como de 5 a 6 vezes por dia. Três refeições principais, 2 lanches e 1 ceia. Quem montou minha dieta, baseada nas calorias que eu queimo, foi uma nutricionista. Eu recomendo que se procure um(a) nutricionista, é legal, faz diferença, é necessário. No triathlon a dieta é essencial, é a quarta disciplina.

Uma vez, uma amiga triatleta estava reclamando da competitividade das provas, que ela queria fazer uma prova sussa, sem stress. Eu disse a ela que ela estava no esporte errado, que ela deveria jogar críquete, lá, com certeza, ela não teria nenhum sufoco. A mesma coisa digo com relação à alimentação : quer comer qualquer coisa ? Vai jogar críquete!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Conheci a Ju Ikeda na academia Sumaré Sports, nadando à noite, ela estava treinando para o meio-iron de Pucón (ainda não era 70.3), foi um professor de natação que nos apresentou, ele era triatleta também e comprava artigos esportivos da OG com ela (OG é a marca de artigos esportivos do Oscar Galindez). Eu já conhecia os produtos da OG e achava muito bons. Pedi pra Ju trazer algumas peças de ciclismo e de treino, ela era designer da marca. Ficamos amigas.

Bem, esse ano, a Ju montou, com uma sócia, a Skarp, confecção de artigos esportivos totalmente brasileira, usando tecido nacional de alto nível da Santa Constância e o know how de quem está nesse negócio há muito tempo, convivendo com atletas de todos os níveis (sendo ela mesmo uma triatleta de 70.3). A Jú me convidou para fazer uma parceria com a Skarp desde o ano passado, quando fizemos planos pro Ironman 2010. Infelizmente, não poderei fazer o Iron esse ano, mas para a Skarp nada mudou, a parceria continua. Mais ainda sinto orgulho de vestir um artigo Skarp, uma questão de princípios e não só business. Ela sabe que todos temos altos e baixos na vida, nada como um amigo fiel para estar ao seu lado sempre (e não só nos altos).

A Skarp fez algumas camisetas do Ironman Brasil 2009 e está também com a Cia de Eventos. Em Pirassununga ela fez as camisas pólo que vieram no kit.

Eu sou triatleta amadora, mas essas parcerias são muito legais pra gente, e eu acho que saio ganhando nessa história, porque o material esportivo delas é muito bonito e de qualidade mesmo. Elas já me “usaram” várias vezes para desenvolver novos artigos e levam todas as minhas opiniões e dicas em conta. É um luxo.

A imagem que coloquei no blog com o logo da Skarp é um hyperlink para o site delas, lá estão todos os contatos.

Olha que legal a promoção do triathlon de Pirassununga de 2009 que elas fizeram comigo :


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nutrição : a quarta disciplina - Parte 2


Na nutrição esportiva, um termo com o qual precisamos estar bem familiarizados é o índice glicêmico.

Índice glicêmico (IG) = fator que diferencia os carboidratos, está relacionado com o nível de açúcar no sangue. Sempre que ingerimos carboidratos, eles entram na corrente sanguínea com diferentes velocidades. Alimentos com alto índice glicêmico têm uma resposta rápida e intensa de insulina (hormônio que carrega o açúcar para dentro das células) e alimentos de baixo índice glicêmico afetam pouco a resposta de insulina no sangue.

Foi definido que o pão branco (ou a glicose) teria IG = 100 e os outros alimentos possuem um IG (em porcentagem) em relação a ele. Dessa forma, um alimento de IG alto >= 80,IG médio 50-79, IG baixo < 50.

Clique aqui para ver uma tabela de índice glicêmico de alguns alimentos.

O tempo, ou o momento, em relação a atividade física, em que esses alimentos são ingeridos, também importa muito.

Antes da atividade física é crítico : nunca faça esforço físico em jejum. Tipo, comeu um lanchinho às 6h da manhã e vai nadar às 12h sem ter comido nada no intervalo : vai passar mal e o exercício não vai render nada. Ou acorda super cedo, não dá tempo de comer nada e vai pedalar : já vi 2 pessoas desmaiando em cima da bike por causa disso. Ou acorda cedo, come um baita café-da-manhã e logo em seguida vai correr : vai regurgitar tudo ou ficar enjoado. O ideal, dizem os especialistas, é comer carboidratos de baixo IG 2 horas antes da atividade esportiva. Ahhhh tá, então eu tenho pedal ás 5:30 da manhã, devo acordar às 3:30 pra comer ? Nem vai rolar...Nesse caso, quando a gente não tem todo esse tempo disponível, temos que improvisar. Podemos, por exemplo, tomar um suco de fruta assim que acordarmos e na primeira meia hora de atividade tomamos um gel de carboidrato com água. Depois seguimos tomando a bebida esportiva ou outro gel a cada 30 min, dependendo da duração da atividade.

Durante os exercícios, o melhor é consumir bebidas esportivas com sais, glicose e maltose a cada 30 min se o exercício durar mais de uma hora. Se a atividade durar até uma hora, só água já é o suficiente (caso a pessoa não esteja de barriga vazia...).

Finalmente, após a atividade física, devemos consumir carboidratos de médio a alto IG. E ele deve ser ingerido logo em seguida, na primeira meia hora após a atividade, que é quando o corpo está louquinho para repor os estoques de glicogênio e recuperar a máquina do desgaste. Outra descoberta científica é que, para atividades de mais de 2 horas de duração, a ingestão de proteínas, associada a ingestão de carboidratos de alto IG, logo em seguida à atividade, contribui para uma recuperação mais rápida e eficiente. No mercado existe um produto prontinho que tem tudo isso mas custa muuuuuuito caro : o Endurox R4. Eu considero o Endurox praticamente uma bomba. Mas é possível fazer uma “bomba” caseira. Vou pegar a receita e passo para vocês no próximo post. Não sei se é “bebível”...só sei que são partes de proteína (whey ou do ovo), partes de glicose e maltose, suco de frutas e sal. Mas pego a receita certa e passo para vocês em breve.

O que eu faço ? Quando o treino é cedinho, tomo um suco de frutas e como 2 bisnaguinhas com geléia de frutas sem açúcar (aquela Queensberry Delight, adoçada com o suco da fruta). Durante o treino, bebo Carb Up ou 1 gel (eu tomo o gel que estiver na promoção, mas gosto do GU) a cada 30min com água. Após o treino, como 1 bananinha com açúcar ou 6 suspiros pequenos. Se estiver na academia, como as bananinhas no vestiário mesmo, se estiver no parque, já vou comendo no carro. Isso para treinos de até 2 horas.

Treinos longos de corrida, durante, eu só tomo gel. Treinos longos (mais de 3 horas) de pedal, como barra de proteína, bananinha, batata, bisnaguinha com requeijão light e peito de peru. Após esses treinos monstruosos eu tomo Endurox R4. Depois de um pedal longo, também gosto de tomar Coca-Cola normal. Às vezes é só nisso que penso nos últimos kms do pedal...na coquinha geladinha que está me esperando...

No próximo post vou falar sobre a nutrição do dia a dia.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Nutrição : a quarta disciplina – Parte 1

Todo triatleta deve treinar transição, tanto a T1 quanto a T2. (T1=natação/bike, T2=bike/corrida) . E transição aqui entenda-se apenas o momento da troca entre as modalidades. Alguns consideram isso a quarta disciplina do triathlon, mas uma vez que você mentaliza o que deve ser feito, não tem muito segredo, é só treinar de vez em quando. O ganho disso pode ser até alguns minutos a menos no seu tempo final de prova.

Muito mais importante que ter uma transição supersônica é ter uma boa nutrição. Porque comendo bem - e bem aqui significa comer saudavelmente, com nutrientes balanceados e dieta adaptada para as suas necessidades – nós mantemos o sistema imune elevado, melhoramos a recuperação dos treinos e provas, equilibramos nossa massa magra e gorda, aumentamos a performance, nos sentimos mais dispostos, etc. Resumindo, comendo bem nós melhoramos nossa qualidade de vida. Portanto a quarta disciplina no triathlon, levando-se em conta sua importância, não só na sua performance, mas também (e talvez principalmente) na sua saúde, não é a transição mas a nutrição.

E é complicado pro atleta amador, trabalhador honesto desse nosso Brasil, conseguir seguir uma dieta legal, emagrecendo aos poucos sem prejudicar os treinamentos. Se corta muito carbo, fica sem energia nos treinos. Se corta proteína, falta pra musculatura crescer ou se manter. Até a gente achar um equilíbrio aí vai tempo, muita disciplina e força de vontade.

Quando fui ao nutricionista pela primeira vez e coloquei tudo em prática o que ele me orientou, tive um salto de performance impressionante. No primeiro exame de sangue que fiz depois disso, meus valores de triglicérides e colesterol despencaram. E eu nunca comi muita porcaria...até que comia razoavelmente bem.

A dieta antes, durante e depois dos treinos é essencial para a recuperação, além do descanso e do sono, é claro. Quando se treina 2 ou mais modalidades esportivas num dia isso se torna crítico para render nos treinos da semana toda.

Essa é só uma introdução, nos próximos posts vou mais a fundo no assunto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um pouco de ciclismo



Minha paixão no esporte é o triathlon. Minha segunda paixão é o ciclismo. Acho lindo demais. Uma vez comecei a explicar as regras e as estratégias das equipes do Tour de France para uma pessoa leiga no assunto e essa pessoa me disse que meus olhos até brivalham ao falar, era notória a emoção.

Aqui no Brasil é bem pouco respeitado. Vide o tratamento que dão aos ciclistas nas ruas e nas estradas. E bem pouco divulgado. Às vezes eu gostaria que o futebol desaparecesse dessa nação. É uma praga. Os meios de comunicação só dão espaço para o futebol. Os patrocinadores só apostam no futebol. Ahhh tem o vôlei. Então tá, pátria do futebol e do vôlei. Um país com tanto potencial humano, tanta mistura de raças, dava pro Brasil ser uma potência no esporte que quisesse. E me lembrei agora do basquete. O Brasil ERA uma potência no basquete também. Como foi que deixaram o nosso basquete ir pro buraco ? Nossa, dá vontade de chorar. Outro parêntesis que me veio à mente agora : e a vela ? Com uma costa desse tamanho(e tão variada) era pro Brasil ser referência no mundo da vela não ? Mas eu li outro dia que vai começar esse final de semana o campeonato mundial da classe Star na baia de Guanabara no Rio. O mesmo palco em que serão disputadas as regatas nas Olimpíadas do Rio. Não sei se vocês sabem, mas a classe Star reúne os melhores velejadores do mundo, pra competir nessa classe o atleta tem que ter uma técnica muito refinada. Pois então, li que os velejadores brasileiros estavam com vergonha de tanto lixo que tem na baía de Guanabara, os barcos não conseguem deslizar. E a qualidade da água ? Periga os atletas pegarem micose. É sério! Por que não fazem num lugar mais decente, tipo Ilha Bela ou Búzios ? Descaso, politicagem.

Bom, apesar de todo o descaso, apesar de toda a falta de interesse, atenção, respeito, etc, etc. o nosso ciclismo está fazendo bonito. A equipe de São José dos Campos , Scott/Marcondes César, conseguiu ser escolhida pela UCI (União Ciclística Internacional) para integrar a categoria Profissional Continental.

O que isso quer dizer ? Entre outras coisas, quer dizer que essa equipe pode receber convites para participar de eventos de elite como Giro d´Italia, Tour de France, Vuelta a España. Para se ter uma idéia do feito, nas américas, apenas mais duas equipes possuem essa credencial : a BMC Racing, dos EUA e a Androni Gicattoli, da Venezuela.

E tem mais, o Luciano Pagliarini está de volta ao Brasil depois de 11 anos de europa, integrando a equipe de S. José do Campos. Vai ser uma peça chave, sua experiência vai ajudar muito a equipe na sua nova fase.

MAS, PORÉM, CONTUDO, NO ENTANTO, há que se levar a coisa a sério MESMO. Porque a UCI não é a Confederação Brasileira de Ciclismo...eles pegam pesado, eles cobram, eles não perdoam. Pisou na bola : rua. E rua forever! Eu acho que deve ser assim mesmo sabem por que ? Bom, no quesito dopping, por exemplo, eu estou cansada de colocar o nariz de palhaça. E aposto que todo mundo também, patrocinadores, mídia, etc. Eu rezo a Deus pra que eles joguem limpo.

Noooossa, já imaginaram assistir um Tour de France com uma equipe brasuca participando ? Ia ser demais! Parabéns Scott/Marcondes César, equipe do Vale do Paraíba!!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Nota rápida

Chrissie Wellington passa por cirurgia



Sim, eles são de carne e osso.
Sim, eles também caem da bike.

Chrissie Wellington, supermulher, triatleta tricampeã mundial do Ironman caiu da bike dia 2 de janeiro e quebrou dedos, ossos da mão, punho e braço. Foi operada dia 4/01 para colocar alguns arames no punho mas já está em casa e passa bem. Vai ficar 1 mês e meio de molho. Estou na torcida para que ela se recupere rápido e continue esmagando recordes e campeonatos por muito tempo. Ah, e continue incomodando os caras nas competições por muito tempo também...

Respeitando as maratonas

Depois que fiz um Ironman, meu conceito sobre completar uma maratona mudou. Antes, eu olhava pro percurso de uma maratona no mapa, olhava o tempo que o pessoal, em geral, fazia e tudo me parecia tão difícil, sofrido, imagina, correr por mais de 3 horas sem parar! Fazer uma maratona pra mim era um projeto de vida, tipo, antes de morrer quero ter completado uma maratona...

Mas aí comecei a treinar na MPR para uma meia-maratona (a do Rio) e completei em 1h59. Isso foi, se eu não me engano, em 2003. No dia seguinte eu não conseguia nem andar direito, fiquei quebradaça. Naquela época, se alguém me dissesse: "e agora, qual o próximo desafio, uma maratona ?" eu iria responder : "nem em sonho!!!". O tempo foi passando, eu comecei a treinar triathlon, fiz alguns shorts, olímpicos,cinco 1/2 Ironman, 1 Ironman, várias meias-maratonas, 1 maratona, ufa! Bem, as longas distâncias começaram a entrar na minha cabeça, eu me acostumei com elas. Completar uma maratona em 2010 não me pareceu um desafio assim tão grande.

Estava pesquisando sobre maratonas e peguei um livro que comprei outro dia chamado +Corrida, do Rodolfo Lucena. Num dos artigos ele fala sobre a dificuldade que é completar uma maratona, não só fisicamente, mas psicologicamente, é muito quilômetro. Ele disse uma coisa que gostei bastante, disse que, na verdade, a gente só precisa se preparar para completar bem 27 km. Os 5 primeiros km são só aquecimento, não contam. Os 5 últimos kms a gente está na vibe da galera que está assistindo e praticamente é empurrado para a linha de chegada e lá no meio da maratona existem uns 5 km em que a gente sofre muito e é melhor esquecê-los.

Nesse livro tem também uma entrevista interessante com um senhor de 77 anos na época ( a entrevista foi feita em 2006) chamado Norm Frank. Ele mora em Rochester, EUA, no estado de NY.Todo dia ele caminha. Mas nos finais de semana ele corre uma maratona. O velhinho é fogo. Ele corre de 30 a 40 maratonas por ano. Ele me abriu os olhos quando disse : "...considero cada nova prova um desafio. Você precisa respeitar a distância cada vez que você corre uma maratona". E isso vindo de um senhor que já completou mais de 500 maratonas. É bom seguir seu conselho, ele tem toda razão.

Eu realmente estou mais acostumada com as longas distâncias depois desses anos de treinos e provas mas não posso deixar que isso vire um excesso de confiança. Uma maratona é um desafio grande, não posso encará-la como uma corrida de 10k que resolvi fazer no último domingo do mês.

Estou inclinada a fazer uma maratona nos EUA, me deram boas dicas sobre as melhores que rolam na Terra do Tio Sam :
1 - NewYork
2 - Chicago
3 - Boston
4 - Big Sur (San Francisco)
5 - Marine Corps (Washington)

Já elimino Boston porque precisa qualificar e já encerraram as inscrições. Big Sur é agora em abril e não dá tempo. Washington é em outrubro mas não me atrai muito. Então ficamos com New York (7 Nov.) e Chicago (10 out.). Vamos ver...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Em busca de um novo objetivo em 2010




Todo viciado em esporte fica matutando qual vai ser seu principal objetivo no ano. E isso é uma delícia. Um Ironman, por exemplo, precisa de uma antecedência gigante para ser planejado. Esse ano de 2010 então foi sacanagem...as inscrições se esgotaram no meio do ano de 2009! Então isso significa que para se fazer o Ironman de Florianópolis é necessário se programar, decidir e se inscrever com 1 ano de antecedência.

Eu tinha me programado para o Ironman 2010 de Floripa logo que terminei o de 2009. É a síndrome do "eu posso fazer melhor e vou voltar no próximo" que se inicia logo após a prova com o sintoma de "nunca mais". Aí você vai pro hotel (ou pra casa) e durante o banho o sintoma muda para "quando vai ser mesmo no ano que vem?" e no dia seguinte a gente acorda com "eu posso fazer melhor e vou voltar no próximo". Clássico.

Infelizmente tive uma trombose venosa profunda no final do ano de 2009 na perna esquerda, veias fibular e poplítea parcialmente entupidas com um coágulo sanguíneo, mais conhecido como trombo. Já estou quase 100% recuperada mas o tratamento envolve tomar um medicamento anticoagulante de 3 a 6 meses. Isso significa que durante esse período não poderei levar tombos, romper ligamentos ou lesionar musculatura (entre outros) e adiós bike outdoor. Com isso, disse adeus ao tão querido Ironman 2010 e a qualquer prova que tenha ciclismo.

Hora de replanejar o ano de 2010. E eis que exatamente hoje tive uma grata surpresa, uma notícia capaz de cobrir qualquer tristeza e de saciar meu vício por um grande objetivo no esporte : o médico vascular me liberou para treinar para maratona!!! Eu simplesmente perguntei a ele que objetivo eu poderia ter no esporte esse ano e ele disse com todas as letras : "Por que você não treina para uma maratona?". Eu ouvi bem ? Eu sonhei com ele me dizendo isso ?Nãooooooo!!! Uhu!!!

Bora planejar uma maratona BEM legal daqui uns 4 ou 5 meses. A condição que o médico impôs foi a de ir devagar, aumentar o volume aos poucos e dar um intervalo grande entre os treinos para a recuperação. Estou pesquisando maratonas de preferência nos EUA ou europa. Por favor, quem tiver dicas e indicações serão todas bem vindas.

Mas como toda boa triatleta, um objetivo num esporte só é pouco. E o esporte que não tenho contra-indicação nenhuma mesmo é a natação. Hoje ainda passei na minha academia e conversando com um amigo nadador "animal" fiquei pilhada, ele me disse : "Thelminha !!!! Você tem que baixar esse seu tempo dos 100m livres, aproveita agora, a hora é agora, VOCÊ CONSEGUE BAIXAR ESSE SEU TEMPO DE 1'20" PRA 1'10". Nossa, me arrepia até agora de lembrar, ele foi muito enfático e cheio de energia, eu tô dentro! Topei na hora! Então meus objetivos para 2010 no esporte são : completar uma maratona e baixar meu tempo dos 100m livres na natação.

A mensagem que eu gostaria de passar em 2010 para quem lê meu singelo blog é de não desanimar frente aos obstáculos da vida. Olhe em volta, veja o que pode ser feito, se apoie em seus amigos e nas pessoas que realmente se importam com você (porque sozinho ninguém consegue nada nessa vida). Toque o barco, siga adiante, não conte as tristezas nem as decepções que ficaram para trás. Aceite o novo sem medo e seja feliz do jeito que der, tropeçando, capotando, caindo de cara no chão mas se reerguendo sempre e mais forte. Feliz 2010, bons objetivos, boas provas e BOAS SUPERAÇÕES!